DISTANCIAMENTO SOCIAL –
ficar em casa para quê?
“Os meus cuidados significam a tua saúde; os teus
cuidados significam a minha saúde” (Flávia Valéria)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, entre
outras medidas sanitárias para prevenção ao contágio pelo coronavirus, a adoção
do distanciamento social (veja aqui), significando que as pessoas devem buscar ficar me casa, sair o mínimo possível,
para consultas médicas, busca de mantimentos ou remédios/consultas urgentes, ou
os serviços essenciais a serem desempenhados pelos funcionários desses setores,
além claro da movimentação dos servidores da saúde, evitando ao máximo a
circulação e aglomeração de grande número de pessoas.
Por isso,
governos mundiais tem estabelecimento quarentena obrigatória para a sua população.
Alguns, com medidas mais radicais como o governo das Filipinas (veja aqui),
cujo Presidente, Rodrigo Duderte, autorizou os policiais e militares a
dispararem contra quem não respeitasse as medidas impostas para contenção do
coronavirus adotadas no país. Outras, em razão do volume de casos, e número
crescente de óbitos, como Itália, Espanha e Estados Unidos. A própria OMS e as
autoridades sanitárias constataram a eficácia do distanciamento social, aliado
a medidas como lavar as mãos e o uso de álcool em gel.
O Brasil também
está adotando o isolamento social, uma vez que inclusive já teve declarada pelo
Ministro da Saúde Mandetta, em 20 de
março de 2020 a transmissão comunitária do vírus no Brasil (clique aqui),
sendo que alguns estados estão com a curva ascendente de transmissão e
contaminação (veja aqui),
requerendo assim, redobrada atenção de todos os entes da federação.
Em que pese o grupo de risco segundo
médicos, OMS e epidemiologista estar entre aqueles com idade superior a 60
anos, e aqueles com doenças crônicas e outras patológicas mais severas, a OMS
não descartou os jovens como alvos da atual pandemia (veja aqui),
devendo contribuir para as medidas
sanitárias adotadas para a prevenção.
Para aqueles
que desconfiam por alguma razão, ou não gostam ou acham excessivas as
medidas adotadas pelos governadores estaduais, é melhor fazer a seguinte
pesquisa:
1-
Conheça como funciona a rede atendimento do seu
município, caso algum infectado apresente quadro mais severo, requerendo
cuidados médicos mais intensivos;
2-
Você ou
um familiar morador do município X caso apresente um quadro mais severo vai ser
tratado onde? Sua cidade possui atendimento de alta complexidade de saúde e
portanto UTI´s, que é o mecanismo no qual os pacientes graves do coronavirus precisam ser
tratados?
3-
Caso negativo, você ou
um familiar terá que ser transferido para uma regional de saúde a quantos
quilômetros da sua cidade?
4-
A regional
de saúde do seu município para a alta complexidade atende quantos municípios e dispõe de quantos leitos?
Para que não reste qualquer dúvida é bom
acessar o quantitativo de leitos disponíveis para tratamento no caso de
agravamento dos sintomas no site do Ministério da Saúde (clique aqui).
Isso aponta para a capacidade total do sistema de saúde conseguir tratar desse
quantitativo de doentes.
Se o sistema de
saúde tiver mais doentes que essa capacidade, significa que poderá haver o caso
de doentes que não conseguirão tratamento, como o noticiado recentemente na
Itália (veja aqui).
O que gerou o desabafo e reclamação dos governantes da Itália, para que a
população respeite a quarentena imposta (clique aqui)
Para tratar as
infecções agudas causadas pelo coronavirus, nos casos (não são todos) em que há
o agravamento dos sintomas, e por isso não pode ser confundida com uma “gripezinha”,
o paciente precisará de leitos na UTI, que significa uma unidade de tratamento
mais especializada tanto em termos de equipamentos (como respiradores) e
profissionais de saúde especializados na dinâmica das UTI`s.
Equipamentos
preciosos que ensejaram o recente confisco pela TURQUIA de respiradores
destinados à Espanha, cujo voo de transporte estava em conexão na Turquia, sob
a alegação de que os pacientes turcos também precisavam (veja aqui)
Salve-se quem puder!!!!
Então, é de
suma importância as recomendações sanitárias para que as pessoas façam o
distanciamento social, evitando a contaminação de muitos, e que esses muitos
venham a apresentar quadros graves de saúde a necessitar de leitos, com números
pequenos, que poderá agravar muito o enfrentamento dessa pandemia. É o que se
chamou de achatar a curva, ou seja, deixar a quantidade de casos graves pequena
para que quem venha a precisar de recursos médicos, encontre o sistema de saúde
com leitos disponíveis para todos.
Por isso a hashtag
#FICAEMCASA.
Flávia Valéria Nava Silva
Autora do blog
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